Falava ontem com a Ana, alguém que fundamentalmente me ensinou o sabor das amoras, sobre o facto de, mesmo tendo passado uma semana, o meu pensamento permanecer inteiramente no caminho, nas inclinações dos prados, na posição efémera das folhas, e na eterna dos planaltos rochosos. Reflito sobre o lugar que me deu à luz, a cedência natural das coisas, e a intensidade das mesmas, e questiono-me se esta dependência molecular de renascer da terra me terá, de facto, salvo para sempre. "Este sou eu, não sei por onde vou, mas sei que caminho."