08.01.2012




Fazes-me falta, volta. Sejam as palavras, a tua voz serena, os teus olhos húmidos dos meus abraços, a tua presença calada. Seja o som do martelo contra a ferradura, dos cascos a pisarem o chão inclinado, o cheiro intenso a vinho na cave quando abrias as garrafas para celebrar coisa nenhuma dos dias para que assim, de alguma forma, não passassem indiferentes. Sejam as tuas mãos ásperas e delicadas que me subiam ao dorso dos cavalos, como me ensinavas o mundo, a força do teu andar cansado. A tua expressão de amor. Preciso de ti, avó podemos voltar?

Adaptado, Luís Costa in FogoMarsupial

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